domingo, 10 de julho de 2011

"O poeta é um fingidor/finge tão completamente..."


 - Tiiaa, eu tô com medo! Quero parar

- Calma, ó. Faz de conta que tem um castelo bem bonito no final da ponte. Olha só pro castelo e concentra! Você não é uma princesa?

(Era, por isso continuou) Mas, cinco passos depois...

- Chega, tia, eu quero descer. O castelo tá longe!

E o outro, lá debaixo:

 - E como é esse castelo seu, menina?

Ela olhou pra frente e desistiu de descer. A ponte terminava em um escorregador, e ela voou pro portão assim que acabou de escorregar, os olhinhos brilhando mais que sol de meio-dia:

 - Tia! Vou contar pra minha mãe que venci esse medo.
(E não é que tinha mesmo um baita dum castelo no fim da ponte?)

Nenhum comentário: